Lembrarmo-nos do passado é saudável a nível emocional e psicológico, pois nos liga aos outros e a nós mesmos. O problema é quando levamos muito à risca a famosa frase “Recordar é viver” e passamos a referir-nos ao passado como única fonte de felicidade possível. O passado é confortável, pois já vivemos tudo aquilo e sabemos como as situações felizes e tristes terminam. O presente, em contrapartida, é assustador, pois não sabemos se nos vamos recuperar daqueles acontecimentos traumáticos que entretanto vamos vivendo.

Foto: Artur Pastor, Arquivo Municipal de Lisboa

Quando nos tornamos excessivamente nostálgicos, podemos perder a noção do presente revivendo traumas ou alegrias que não voltam mais, o presente torna- se infinitamente sem perspectivas, já que as coisas essencialmente importante já aconteceram. Sendo bom ou mau, o passado ensina, e é através dele que criamos a consciência do presente, criando novos caminhos, encontrando respostas e vivendo novos momentos que, daqui uns anos, serão memórias de outros tempos marcantes.

Nostalgia significa o estado de profunda tristeza causado pela falta de algo. É a sensação de saudade originada pela lembrança de um momento vivido no passado ou de pessoas que estão distantes. 

Os pensamentos nostálgicos também podem estar associados a momentos de felicidade vivenciados em determinado período da vida, em alguns casos são idealizados. O estado de nostalgia também é produzido através da lembrança da infância. Dos brinquedos, jogos, brincadeiras, programas de televisão e de outros momentos vividos quando criança. É um sentimento semelhante à saudade, mas tende sempre a aumentar.

Ser nostálgico tem as suas virtudes mas sem nunca perder a noção do presente!