Route 66 Portuguesa
Estrada Nacional 2 Parte I Chaves a Abrantes
Percorrer a estrada nacional 2, uma forma de descobrir Portugal...
Foto: amantesdeviagens
A estrada nacional 2, tem uma extensão de 738 km, ligando Chaves a Faro. O seu trajecto faz-se atraves do interior do país. Foi eleita um dos 19 locais a visitar no mundo em 2019, pela editora norte-americana Frommer's, especialializada em viagens.
Mapa informativo EN2
Foto: rotan2
Para melhor conhecer as principais localidades e seus arredores esta viagem através da EN 2 deverá ser planeada com antecedência, o ideal será dispor de 8 a 10 dias.
Chaves, rio Tâmega, ponte romana de Trajano
Foto: Ana Cabral
A viagem, no sentido norte-sul tem início na histórica cidade de Chaves onde o viajante tem possibilidade de visitar a cidade com destaque para a zona histórica, castelo, ponte, igrejas e as famosas termas.
Chaves e o seu castelo
Depois de visitar Chaves e de regresso a estrada, a meio caminho, antes de Vila Real, não esquecer de visitar Vidago, conhecida pelas suas nascentes da famosa água mineral, muito utilizada em tratamentos curativos, considerando as suas propriedades terapêuticas. Esta água é engarrafada desde 1886. Estas águas provêm de quatro nascentes de águas minerais.
Vidago, nascente de água mineral
Esta água é actualmente, utilizada em vários tratamentos exclusivos do Vidago Palace Thermal SPA, nos quais se tira partido das suas propriedades terapêuticas e curativas.
Idealizado no século passado, durante o reinado de D. Carlos I, o Vidago Palace Hotel foi inaugurado pela primeira vez em 1910!
Vidago Palace Hotel
O Palácio proporciona hoje um serviço de luxo, de elevada excelência e conforto. No interior do hotel, é convidado a desfrutar de um dos magníficos 70 Quartos & Suites, a saborear a gastronomia do majestoso Salão Nobre ou a relaxar no moderno Spa Termal, cuja água mineral de Vidago - reconhecida pelas suas qualidades terapêuticas de exceção - é rainha! No parque, o Campo de Golfe estende-se triunfante ao longo de 18 buracos, ideais para a prática da modalidade. Percorra, por fim, este universo encantado, com uma visita às tradicionais fontes ou um passeio de bicicleta pelos diferentes trilhos, que permitem uma observação fantástica da biodiversidade. Parta à descoberta do Vidago Palace Hotel – um Palácio Escondido na Floresta!
Fonte: vidagopalace
Depois desta imperdível visita e continuando a nossa viagem segue-se mais uma etapa a não perder, mais concretamente a cidade de Vila Real onde pode dedicar parte do seu tempo a visitar a cidade, com destaque para o palácio de Mateus.
Vila Real, Palácio de Mateus
Foto:amantesdeviagens
Na zona historica da cidade sugere-se uma visita pedonal pela rua Direita, onde se situam a maioria das lojas tradicionais, a Se de Vila Real, a igreja de N. Sra da Conceição e a igreja de S.Pedro.
Vila Real, igreja de S.Pedro
Vila Real, Sé
O Parque Natural do Alvão situa-se na zona de transição entre o Minho e Trás-os-Montes em territórios pertencentes aos concelhos de Mondim de Basto e Vila Real. As Fisgas de Ermelo constituem uma das paisagens geomorfologicamente mais interessantes do Parque que devem ser visitadas. O Parque fica perto de Vila Real.
Vila Real, Capela Nova
De volta à estrada seguimos em direcção a Cumieira e Sta Marta de Penaguião onde podemos desfrutar as magnificas paisagens que a zona demarcada do Douro ou Alto Douro vinhateiro nos proporciona.
Aqui nasce o famoso vinho do Porto muito apreciado em todo o mundo. A região Vinhateira do Alto Douro foi classificada como património da Humanidade na categoria de paisagem cultural.
Esta região, banhada pelo rio Douro, produz vinho à mais de 2000 anos.
Continuando a admirar as magníficas paisagens, depois de Sta Marta de Penaguião segue-se a cidade de Peso da Régua pertence ao distrito de Vila Real, situa-se junto ao rio Douro e é considerada a capital da região demarcada na qual é produzido o conhecido Vinho do Porto.
Foto: portugalbywine
A Régua deve o seu desenvolvimento ao Marques de Pombal que em 1756 criou a Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro e mandou delimitar com marcos de granito (marcos de Feitoria) as áreas de produção dos melhores vinhos. Foi assim criada a primeira região demarcada do mundo.
Régua, a capital do vinho do Porto
Foto: grandesescolhas
Desde então, e pela sua localização central, a Régua passou a ser o centro da região, um entreposto comercial de onde partiam e chegavam os barcos rabelo que transportavam o vinho até Vila Nova de Gaia onde envelhecia nas caves.
A paisagem envolvente da Régua é de uma enorme beleza. O rio Douro, as vinhas nas suas margens íngremes, a vista a partir dos miradouros da região, são lindas paisagens que deliciam quem visita esta região.
Zona demarcada do Douro
Foto: portugalbywine
O concelho da Régua possui um rico património onde se destacam as casas senhoriais, as grandes quintas produtoras de vinho e os palacetes. Muitas destas casas estão abertas ao publico e merecem uma visita.
Zona demarcada do Douro
Foto: portugalbywine
Pelo cais fluvial da Régua passam diariamente Cruzeiros do Douro com turistas que visitam a região e se maravilham com as bonitas paisagens que o rio Douro proporciona.
A visitar:
Museu do Douro, Solar do Vinho do Porto, Casa do Douro, Armazéns de vinhos (provas de vinhos)
Museu dos Bombeiros Voluntários, Igreja Matriz de São Faustino, Capela do Cruzeiro, Estação Ferroviária, Miradouro de Santo António, Miradouro de São Leonardo de Galafura
Actividades:
Cruzeiro no Douro
Foto: topdescontos
Cruzeiros no Douro
Comboio Histórico Régua - Pinhão
Fonte: roteirododouro
Seguimos em direcção a Lamego, aqui a estrada obriga a uma redobrada atenção, as curvas e contra curvas são uma constante.
Santuário de Nossa Senhora dos Remedios
Foto: dominumvobiscum.wordpress
Lamego é conhecida quase de todos pelo Santuário da Nossa Senhora dos Remédios. É a imagem de marca desta cidade, mas nem por isso é o único local digno de uma visita a Lamego. Situada a cerca de 12 km das margens do Douro, Lamego conheceu, no séc. XVIII, um tempo de grande prosperidade quando aqui se produzia um “vinho fino”, que esteve na origem do afamado vinho do Porto. Cidade muito antiga, já os Visigodos no séc. VII haviam elevado Lamecum a sede de bispado.
Castelo de Lamego
Fonte: wikipedia
O Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, a Sé, o Castelo e a Capela de São Pedro de Balsemão são monumentos a visitar.
Sé de Lamego
Foto: vortexmag
Depois de visitar Lamego seguimos em direcção a Viseu, estrada com menos curvas só pouco antes de Castro Daire, até lá sugere-se atenção redobrada.
Viseu situa-se na província da Beira Alta, Região do Centro. A cidade de Viseu e uma das principais cidades da região do Centro de Portugal.
Na cidade de Viseu eis alguns pontos de interesse de visita obrigatoria: Se Catedral de Viseu, museu Nacional Grão Vasco e Igreja da Misericordia.
Catedral de Viseu
Viseu possui diversos espaços verdes, ideais para passeios relaxantes. Sugerimos alguns: o Parque do Fontelo, o Parque Aquilino Ribeiro ou a Cava de Viriato, que terá sido um acampamento militar romano do século I/II a. C. e onde uma estátua lembra este herói lusitano que resistiu à invasão com bravura.
Viseu, igreja da Misericordia
Toda esta zona se integra na região vinícola demarcada do Dão que produz bons vinhos tintos e brancos. Podemos prová-los no Solar do Dão, sede da Comissão Vitivinícola Regional, nas quintas onde se produzem, ou à mesa a acompanhar a excelente gastronomia regional em que se destaca a vitela assada à moda de Lafões.
Tondela e Santa Comba Dão são as proximas paragens. Em Tondela pode visitar os pelourinhos de São Miguel do Outeiro e o pelourinho de São João do Monte.
Pelourinho de São João do Monte
Fonte:wikipedia
Santa Comba Dão é uma cidade portuguesa do distrito de Viseu, situada na província da Beira Alta, região do Centro (Região das Beiras). Enquadrada entre os rios Dão e Mondego, encontra-se entre as cidades de Viseu e Coimbra, sensivelmente equidistante de ambas. Foi elevada à categoria de cidade em 1999.
Locais a visitar:
Igreja Matriz de Santa Comba Dão - datando do século XVIII, em estilo barroco, ostentando duas torres sineiras. É um belo exemplar da arquitetura do barroco, com duas torres sineiras. Datada do século XVIII, a sua construção foi iniciada em 1725, tendo sido inaugurada a 11 de julho de 1755.
Reedificada no último quartel do século XIX, no local onde existiu a Igreja de Santa Maria de Burgo, sagrada nos meados do século XIV, pelo bispo de Coimbra, D. Raimundo.
Altar-mor em talha dourada e Capela-mor com pinturas de várias épocas. Destacam-se pormenores como o sorriso do burro e o chapéu de Nossa Senhora.
Igreja Matriz de Santa Comba Dão
Foto:cm-santacombadao
Casa dos Arcos - solar ancestral dos Barões de Santa Comba Dão, visitada por D. Catarina Henriqueta de Bragança, Rainha Viúva de Inglaterra, Escócia e Irlanda, em 1692, por seu irmão o Rei D. Pedro II de Portugal em 1704 e pelo filho deste D. Manuel de Bragança, Infante de Portugal, Candidato a Rei da Polónia e Grão-Duque da Lituânia em 1738, como indica uma placa de mármore junto ao portão. No primeiro andar, encontra-se em funcionamento a biblioteca municipal e rés-do-chão um restaurante.
Santa Comba Dão, Casa dos Arcos
Foto:cm-santacombadao
Casa de Joaquim Alves Mateus - situada perto da Casa dos Arcos, data originalmente de 1555, com reconstrução posterior no século XVIII, apresentando características arquitectónicas renascentistas e onde nasceu o cónego e orador que dá o nome à casa.
Casa Alves Mateus
Foto:allaboutportugal
Mortágua é a etapa seguinte, as serras do Caramulo e do Buçaco, com a Albufeira da Aguieira a seus pés, Mortágua tem em si um espaço turístico à espera de ser descoberto por quem gosta de desfrutar a vida ao ar livre e fruir os variados tesouros da natureza que se encontram ainda em estado virgem. O verde da floresta estende-se por 85% de todo território, perdendo-se nos confins do horizonte.
Barragem da Aguieira
Foto: Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa
Aos amantes dos desportos motorizados e do contacto com a Natureza, oferecemos-lhe uma extensa rede de estradões florestais que poderão ser o palco de inesquecíveis aventuras. Também os adeptos do BTT encontram em Mortágua muitos e variados trilhos para a prática desta modalidade, percorrendo paisagens que conjugam floresta, ribeiras e vales agrícolas. Fazendo jus ao seu nome, a água é um recurso que existe em abundância. Correndo livremente por entre montes e vales, podemos encontrar inúmeros rios e ribeiros de águas cristalinas, que continuam a movimentar os tradicionais moinhos, e junto de si escondem e salvaguardam algumas espécies florestais autóctones, criando nalguns pontos cascatas, pequenas cachoeiras e labirintos serpenteados, de grande beleza natural.
Fonte: cm-mortagua
Continuando a nossa viagem vamos conhecer um pouco de Penacova. "Penacova" deriva da aglutinação dos elementos "Pen" - vocábulo cantábrico que originou a palavra portuguesa penha (monte, rochedo) - e "Cova", que deriva do facto da eminência rochosa se erguer de um vale profundo. A explicação popular atribui o nome da vila à existência de muitos corvos na Penha dos Corvos evocando para justificação os dois corvos que figuram no brasão de armas da vila.
O lugar de "Penna Cova" tem origem anterior à fundação da nacionalidade, desconhecendo-se a data da sua fundação. Existem dúvidas se será fruto da reconquista de D. Afonso III das Astúrias, no fim do século XI, ou se terá origem na vila rústica de "Vila Cova", hoje Granja do Rio.
A referência mais antiga reporta-se a uma notícia indirecta: a da villa-herdade de Villa Cova, apresurada pelos “servos” de Diogo Fernandes a um Idris (muçulmano). A posse desta villa da área de Penacova (que teria cerca de 350 hectares) foi, em 911, reconhecida a Diogo Fernandes pelo rei Ordonho II das Astúrias.
Num caso que merece especial referência, a villa-herdade de Villa Cova foi delimitada, em 936, pelo conde Ximeno Dias, a pedido dos homines de Alkinitia e dos homines de uma outra villa-aldeia de Villa Cova. Supomos que estas villas-aldeias de Alkinitia e Villa Cova eram aldeias de pequenos proprietários alodiais (proprietários com plenas posses sobre as suas herdades) com uma organização que poderemos chamar pré-concelhia.
A quando do povoamento, na região de Coimbra, poderá não ter havido, no período de 987 a 1064 (data da reconquista definitiva de Coimbra por Fernando Magno), maior crescimento do que aquele que naturalmente derivou da população existente: não terá havido imigração de Cristãos nem talvez, por outro lado, grande afluxo de Muçulmanos. O certo é que só duas aldeias aparecem, pela primeira vez, na documentação: Ourentã (em 1017) e Penacova (1036).
Em 1105 são relatadas contendas entre os homens do Mosteiro de Lorvão e os moradores do castelo, que seriam harmonizadas pelo Conde D. Henrique (já Condado Portucale).
Em 1192, foi-lhe atribuído Foral por D. Sancho I, que viria a ser confirmado, a 06 de Novembro de 1217, por Afonso II. Em 1513, D. Manuel atribui-lhe Foral Novo.
O senhorio da vila de Penacova foi atribuído por Carta Régia a 1 de Março de 1422 pelo Mestre de Avis, na qualidade de regedor e defensor do reino a Nuno Fernandes de Cordovelos. Começou assim a linhagem dos “senhores de Penacova “ que haveria de passar pelos Ataídes, os condes de Odemira e terminar nos duques de Cadaval.
Em 1605, no reinado de D. Filipe II, foi elevada à categoria de Concelho, pertencendo à correição de Coimbra.
Fonte: cm-Penacova
O Mosteiro de Lorvão, um monumento classificado como Monumento Nacional.
Tal como os morgados do Algarve, não deixe de saborear os doces, com origem no Mosteiro do Lorvão, no concelho de Penacova, capazes de nos arrebatar pela envolvência de sabores e aspeto delicado.
Pastéis do Lorvão
Feitos com uma pasta de amêndoa que conta com uma generosa quantidade de gemas e açúcar, como é comum nos doces conventuais, os morgados do Lorvão são recheados com um doce de chila e ovos, sendo decorados com fios de ovos.
Receita de Pastéis do Lorvão
Ingredientes:
Para a pasta
16 gemas, 250 ml de água, 500 g de açúcar, 500 g de amêndoa ralada, raspa de 1 limão
Para o recheio
1 ovo inteiro, 400 g de chila, 5 gemas
Para a decoração
fios de ovos
Confecção:
Leve o açúcar e a água ao lume e deixe ferver, em lume brando, cerca de 4 minutos, até atingir o ponto de pasta (a calda escorre da colher, deixando uma leve camada aderente).
Acrescente a amêndoa ralada e mexa muito bem. Retire do lume depois de obter uma pasta com bastante consistência.
Bata as gemas e acrescente-as à mistura anterior, já morna.
Leve, de novo, ao lume; misture a raspa de limão e retire. Deixe arrefecer até poder moldar o preparado.
Entretanto, prepare o recheio, levando ao lume a chila, juntamente com os ovos. Deixe ferver.
Modele a pasta numa espécie de queijo redondo, com uma altura de cerca de 3 dedos. Puxe os bordos para cima, após fazer uma cavidade grande no meio do queijo.
Deite o recheio de chila na cavidade e enfeite com os fios de ovos.
Sugestão:
Para aproveitar a grande quantidade de claras que sobraram da preparação desta receita, sugerimos que prepare um Pudim Molotov e os maravilhosos Suspiros de Águeda.
Se fizer esta receita, mande-nos a sua foto para o email docesregionais.mail@gmail.com e nós faremos a divulgação com a indicação da sua autoria.
Mosteiro do Lorvão
Fonte: docesregionais
A igreja Matriz de Penacova é um edifício datado dos séc. XVI e XVII de tipologia renascentista.
Igreja Matriz de São Pedro de Alva
Foto:cm-penacova
O Concelho de Penacova possui actualmente um dos maiores núcleos molinológicos do país, nomeadamente os moinhos de Gavinhos que reúne um conjunto de 14 moinhos de vento. A fazer alusão a este importante sector de atividade de outrora pode ser visitado o Museu do Moinho Vitorino Nemésio.
O Mirante Emydgio da Silva, construído no início do séc. XX, permite desfrutar uma paisagem magnífica sobre o Mondego.
Praias fluviais: Na margem esquerda do Rio Mondego, o espaço de lazer do Reconquinho, dispõe de apoios de praia e de um espaço único para desfrutar as águas do Rio Mondego. A jusante da Vila, na margem direita do rio, junto à localidade de Rebordosa, o Porto do Barco possui igualmente infra-estruturas de apoio à prática balnear.
Como beleza natural de Penacova destaca-se igualmente, a paisagem da Livraria do Mondego e o Penedo de Castro.
Continuamos a nossa viagem pela EN2 direcção de Vila Nova de Poiares, concelho do Distrito de Coimbra com cerca de 85 Km2. Próximo dos 8.000 habitantes é concelho desde 1836. Até à Revolução dos Cravos foi este Concelho marcado pelas actividades agrícolas, comerciais e florestais. Desde essa década tem sofrido um desenvolvimento acentuado nomeadamente a nível industrial, possuindo no inicio do séc. XXI um dos melhores Parques Industriais da Região e de grande parte do País. Concelho com tradições remotas nas “Beiras” onde se insere, é certamente motivo de uma visita para o Turista que queira fazer uma “escapadinha de 2 ou 3 dias”.
Igreja Matriz. A torre sineira, situada no lado sul da igreja, tem a data de 1744
Foto: visitarportugal
As belas paisagens, as suas igrejas construidas, as festas e romarias aos seus padroeiros, a magnifica gastronomia, são alguns dos cartões de visita numa região onde se podem passar uma ou duas semanas de férias num programa mais vasto integrando até os concelhos limítrofes.
As grandes festas do concelho de Vila Nova de Poiares são no 2.º Domingo de Agosto em honra de Nossa Senhora das Necessidades e no 2.º Domingo de Setembro
No coração da Vila de Poiares, encontramos a Igreja Matriz, o monumento do Cristo, os Paços do Concelho e o Jardim Municipal.
Monumento "O Cristo", ponto de encontro das gentes de Vila Nova de Poiares
Foto: visitarportugal
Lousã é a nossa proxima paragem, situa-se na zona de transição entre as duas dinâmicas de desenvolvimento que demarcam a sub-região: de um lado, as terras mais «urbanas», mais próximas da capital regional; do outro, as mais afastadas, com carácter mais «rural». De entre os concelhos da sub-região com variação demográfica positiva, o concelho da Lousã é o que possui a mais elevada (18%), superior aos valores médios da região (3,4%) e do país (4,6%).
Lousã
Foto: guiadacidade
É sede de um município com 138,40 km² de área e 17 604 habitantes. O município é limitado a norte por Vila Nova de Poiares, a nordeste por Arganil (numa escassa centena de metros), a leste por Góis, a sudeste por Castanheira de Pera, a sul por Figueiró dos Vinhos e a oeste por Miranda do Corvo.
Em Lousã é visita obrigatória a serra da Lousã e as suas aldeias de xisto, são 12 aldeias, o Castelo, as praias fluviais e os percursos pedestres e para isso é preciso dispor de tempo e organização para a viagem, considerando os variados pontos de interesse a visitar.
Castelo da Lousã
Foto: miscastillos
Góis, o nosso proximo destino, é uma vila portuguesa do distrito de Coimbra, na província histórica da Beira Litoral, região do Centro e sub-região Região de Coimbra, com menos de 2 000 habitantes, e banhada pelo rio Ceira. É sede de um município com 263,30 km² de área e 4 260 habitantes. O concelho de Góis, pela sua natureza rural, tem muito para dar aos visitantes que chegam ao concelho.
Rio Ceira
Foto: aldeiasdexisto
O rio, principal elo de ligação de todo o Concelho, dá aos visitantes e veraneantes uma paisagem deslumbrante, desde a terras altas da freguesia do Colmeal até ao Cerro da Candosa (freguesia de Vila Nova do Ceira), local onde se despede do Concelho de Góis para dar entrada no da Lousã.
Góis praia fluvial
Fonte: praiafluvial
As praias fluviais, servidas pela bela paisagem circundante e pelas límpidas águas do Ceira são frequentadas, na época de Verão, por milhares de turistas e de residentes.
Mas, além do rio, também a montanha está presente, permitindo passeios, tanto de automóvel como a pé, ou mesmo de bicicleta ou moto para os amantes da natureza.
Concentração de motos em, um acontecimento anual para os amantes de motos
Foto: ionline.sapo
É habitual que ao deslocar-se pelas terras montanhosas do Concelho, tomar contacto com animais selvagens, como o javali e a raposa, além de todo o tipo de aves, próprias desta região.
No Posto de Turismo de Góis é possível obter roteiros pré-marcados nos quais os visitantes são convidados a visitar todo o concelho, podendo optar por circuitos de automóvel, de viatura TT ou a pé.
Igreja de Góis
Fonte: wikipedia
Não deixe de visitar a Pedra Letreira (Cabeçadas - Alvares), a Ponte de Góis, o salão nobre da Câmara Municipal de Góis, a Igreja Matriz do Século XVI, a Fonte do Pombal, a Capela de Nossa Senhora da Candosa (Vila Nova do Ceira), a Praia Fluvial (Colmeal) e a Ponte da Cabreira (Cadafaz).
Ponte sobre o rio Ceira
Fonte: guiadacidade
Pedrógão Grande, a nossa próxima etapa, é uma das regiões do país onde a beleza natural, os costumes e as tradições populares aliadas à pureza dos ares e das águas se mantêm. As paisagens são dinâmicas, com características distintas e com fortes potencialidades turísticas.
É uma vasta região de granitos e xistos incrustada nas bacias dos rios Zêzere e Unhais e das ribeiras de Pêra e Mega, hoje aumentada pelas albufeiras de duas grandes barragens, a do Cabril e a da Bouçã. O clima, que antigamente era de características continentais, de invernos rigorosos e verões tórridos e secos, é hoje mais ameno, influenciado pelas duas grandes albufeiras que são também zonas piscícolas muito ricas.
Pedrógão Grande encontra-se integrado na zona do Pinhal Interior Norte, a maior mancha florestal da Europa, onde predominam pinheiros, eucaliptos, acácias e oliveiras que assumem grande importância na economia local.
Os vestígios arqueológicos encontrados na região dão provas da sua história remontar aos tempos pré-históricos, provavelmente ao final da Idade do Bronze.
O primeiro foral é concedido em fevereiro de 1206 por D. Pedro Afonso, filho bastardo de D. Afonso Henriques. Contudo, só em 1898 passa definitivamente a concelho, continuando a sua comarca em Figueiró dos Vinhos. No dia 8 de agosto de 1513, D. Manuel I concedeu a Pedrógão Grande a sua segunda carta de foral.
O tecido económico de Pedrógão Grande é caracterizado essencialmente pelo setor secundário, com relevo para a exploração florestal, têxteis e construção civil. A indústria de espetáculos, nomeadamente carrosséis e diversões públicas são, igualmente, uma referência no concelho.
Atualmente, começam a ser explorados os recursos naturais, considerados como uma grande potencialidade do concelho, a par da riqueza cultural e infraestruturas de apoio ao turismo.
Os locais de interesse turístico passam pelas barragens, albufeiras e piscinas fluviais. Também o centro histórico da vila assume destaque pelas inúmeras residências de traço da fidalguia provinciana.
Igreja de Pedrogão Grande
Foto: revistasauda
Vale a pena conhecer a bela Igreja Matriz de origens do século XII mas reconstruída no século XVI, com a sua imponente Torre de 25 metros de altura; o Pelourinho de granito; a Igreja da Misericórdia, também em granito, remontando ao ano de 1470; o Convento Dominicano de Nossa Senhora da Luz do século XV; as Capelas de São Sebastião (século XVIII), de São Dionísio, de Nossa Senhora dos Milagres ou a do Calvário onde se realiza durante a Semana Santa um dos grandes festejos da vila, encenando a Crucificação de Jesus Cristo.
Capela do Calvario e ruinas romanas
Foto:mapio
Sertã, a próxima paragem. A Sertã é uma vila portuguesa pertencente ao distrito de Castelo Branco, na província da Beira Baixa. Integrando a Região do Centro e sub-região do Médio Tejo. Faz parte da diocese de Portalegre-Castelo Branco e conta com cerca de 5 500 habitantes.É sede de um município com 453,13 km² de área e 15 880 habitantes.
Castelo da Sertã
Foto:turismoenportugal
A Vila de Sertã, ergue-se sobre um bonito vale, banhado pela ribeira , Ribeira da Sertã. Uma pacata povoação que tem a agricultura e nas madeiras a sua principal fonte de riqueza.
Mas para além da beleza arquitectónica das suas casas, existe todo um cunho histórico que se espelha no seu Castelo, na Igreja ou mesmo na ponte romana.
Igreja da Sertã
Foto:turismo.cm
Como não podia deixar de ser a gastronomia é um factor incontornável e em Sertã não se pode deixar de provar o bucho recheado ou os maranhos.
Ponte romana na Sertã
Foto:restauranteponteromana
Vila de Rei é um dos municípios atravessados pela Estrada Nacional 2 (EN2). Com uma localização central, Vila de Rei é o local ideal para uma paragem relaxante, o destino certo para desfrutar de uma paisagem deslumbrante, um território de eleição para viver a história e o património, e onde se encontra o km 369,6 que é o ponto central desta estrada a par do Centro Geodésico de Portugal.
Centro de Portugal – Picoto da Milriça, por Eduardo Lyon de Castro
Foto:jornaldeviladerei
Este local que assinala o Centro de Portugal. Do alto dos seus 600 metros é possível visionar vários horizontes a 360 º em que se salienta a Serra da Estrela, esta a mais de 100 Kms, tornando a sua visita obrigatoria.
Vila de Rei, passadiços
Foto-PÚBLICO - DR/CMVR
Os Passadiços do Penedo Furado localizados em Vila de Rei, incluem ponte no final do percurso e plataformas de descanso, com bancos e miradouros.
Os passadiços permitiem um passeio que percorre a área onde se encontra um conjunto de quedas de água e a praia fluvial, dita “um autêntico paraíso”, segundo as Aldeias do Xisto, território onde se insere, parte do distrito de Castelo Branco.
Praia fluvial do Bostelim
A elevação a “paraíso”, referem, deve-se ao cenário, graças às “características do maciço rochoso” e à praia ser “bastante arborizada”. E o conjunto de quedas de água podem ser “apreciadas ao percorrer um estreito caminho talhado na rocha”. A “água límpida e cristalina que lentamente vai correndo pelo leito” também contribui para a classificação.
Segue-se Sardoal, uma bonita vila, sede de município, da região Centro de Portugal, situada entre a lezíria Ribatejana e a paisagem serrana da Beira, muitas vezes apelidada de “Vila Jardim”.
A vila é caracterizada pelo seu casario branco adornado de faixas coloridas e flores, fazendo lembrar a arquitectura típica da região Alentejana, vai descendo desde o topo da colina onde se situa, com bonitas ruas calcetadas com seixos retirados do rio.
Rua do Sardoal
Foto: turismodocentro
As origens do Sardoal são bastantes remotas, com diversos vestígios de presença humana desde tempos muito antigos, como alguns objectos de pedra polida encontrados no alto de São Domingos, e vestígios de uma povoação antiga no Lugar de Cabeça de Mós, bem como um troço de uma calçada Romana, a Sul de Valhascos e outro próximo da Ponte de São Francisco.
Os Mouros terão conquistado o território aos Visigodos em 716, e em 1148 D. Afonso Henriques terá ocupado o Sardoal.
No Sardoal terão permanecido diversas vezes vários Monarcas, tendo nascido aqui a Infanta D. Maria, Filha de D. Duarte e de D. Leonor, sua mulher, que morreu no dia seguinte.
Sardoal foi também muito abalada com as primeira e terceira Invasões Francesas.
Sardoal
Foto:tr-eventos
Sardoal tem orgulho no seu rico Património, como a Igreja Matriz do século XVI com grandes obras do pintor renascentista Mestre do Sardoal, a Igreja da Misericórdia fundada em 1509 com um bonito Portal de Nicolau de Chanterenne, ou a Igreja de São Mateus, o Concento de Santa Maria da Caridade, do século XVI, a Cadeia Velha, a Casa Grande ou dos Almeidas (século XVIII), a Capela de Nossa Senhora do Carmo, o Chafariz das Três Bicas, a casa do Adro, a Fonte Velha, os moinhos de vento ou mesmo o painel de Gil Vicente.
Igreja Matriz do Sardoal
Foto:pbase
Muito afamadas são as Festas do Concelho que acontecem no mês de Setembro, animando as ruas com muita animação, incluindo uma importante Mostra de Artesanato de produtos regionais.
A arte nas mãos de Rui e Conceição
Foto: antenalivre
Artof é o Cluster Criativo de Sardoal. Integra o Espaço Partilhado para as Artes e Ofícios e conta com dois ateliers onde dois artesãos trabalham a sua arte.
Outro dos eventos importantes da vila acontece na Semana Santa, com uma imponente Procissão dos Santos Passos.
Fonte:guiadacidade
Continuando a nossa viagem pela EN2 chegamos a Abrantes. A sua fundação de ter-se-á verificado em meados do século XII, resultado da necessidade de defesa dos territórios conquistados e de assegurar a vida ativa de Santarém. Para melhor assegurar essa defesa, D. Afonso Henriques doou o seu Castelo e extenso termo à Ordem de S. Tiago da Espada em 1173 e seis anos depois concede-lhe foral (1179). Associada à origem do nome Abrantes existe uma lenda encantada.
Castelo de Abrantes
Foto:mediotejo
O perfil de Abrantes é no século XII, inequivocamente militar, condicionando a implantação da estrutura amuralhada e Castelo, num local dificilmente expugnável e usando o leito do rio Tejo como obstáculo natural.
O Tejo era a principal via de comunicação e na margem sul surgiu um importante porto fluvial. Aqui chegavam, por terra, produtos vindos do Alentejo e daqui partiam por via fluvial até Lisboa. No regresso os barcos vinham carregados das mercadorias que por aqui faltavam. Abrantes é elevada à categoria de Cidade no dia 14 de Junho de 1916. O Dia da Cidade, 14 de Junho, é feriado municipal, data comemorada com os festejos anuais.
Abrantes
Igreja de S.João Baptista
Dizem que foi aqui que, em 1385, D. João I, Mestre de Avis, ouviu missa imediatamente antes de rumar para Aljubarrota, combater na mais célebre batalha da história militar portuguesa
Igreja de São Vicente
Foto:olhares67:wordpress
Uma panorâmica da parte histórica da cidade, onde se pode ver a Igreja de São Vicente, mandada construir por D. Afonso Henriques, após a tomada do castelo, em 1149. Sol de pouca dura, já que 40 anos depois, um exército mouro arrasou a vila e destruiu a igreja. Já no reinado de D. Sebastião, e a mando deste, uma nova igreja começou a ser construída, em 1569, obra que só terminaria em 1605, e que provavelmente será a mais aproximada com a que aparece na foto.
Praia Fluvial de Aldeia do Mato
Foto:cidadesportuguesas
A Praia Fluvial de Aldeia do Mato com cafetaria, parque de merendas, bungalows, é um local perfeito para usufruir do sol e das temperaturas elevadas do verão. É possível praticar diversos desportos náuticos e passear em gaivotas ou kayaks. Todo o espaço envolvente convida à descoberta com percursos pedestres, BTT e orientação.
Próxima paragem, Ponte de Sor...